domingo, 27 de novembro de 2011

delirante

como uma noite de domingo
o último gole de vinho
a canção e o semblante
molhado no fim da tarde
a banda das canções de amor
e os ventos noturnos
desfilam sob as luzes da cidade
monotonia sedentaria
e atitudes invejadas
das inquietudes do coração circence
pintado e dançante
delírios brilhantes
delirantes

sábado, 12 de novembro de 2011

FAÇA-ME

fazer dos buracos dos asfaltos,um refúgio
fazer dos inimigos a distração da tua ausência
fazer da tua ausência  a presença do meu porre
fazer do meu porre a alegria dos postes
e nas luzes dos postes  me ofuscar
na alegria ou na tristeza
na gargalhada e na choradeira
na monotonia e na correnteza
eu vou estar
na página amassada
no disco riscado
no amor,no medo
no mais do mesmo
no seco,no beijo
eu posso estar
mas...pelo menos...
guarda-me diamantes
pra que eu fuja rico...
sorrindo triste
no gosto do feijão
na dor do whisky

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

vento madrugada

tenho uma garrafa guardada pra quando eu quiser chorar
e me lembrar que as  noites quentes me fazem pensar  e pensar
o silêncio e os gritos do meu amor amor no lá menor do violão
doses de bebida vagabunda numa noite qualquer
o calor de uma vagabunda qualquer
eu e minha sombra na noite longa
e o balcão e o cinzeiro largados junto á mim

domingo, 16 de outubro de 2011

entre e se aqueça

entre vestidos e isqueiros,entre avenidas e becos
entre canções e cabelos,entre a loucura e o desespero
entre indiretas e diretas,entre a porta e a janela
entre o cinzeiro e o cigarro,entre o concreto e o abstrato
entre um porre e outro,entre a banda preferida e o canto rouco
entre o asfalto molhado,entre um grito solitário
entre vinhos e carinhos,entre a presença e a ausência
entre substantivos e adjetivos
você

sábado, 20 de agosto de 2011

opnius teoricus & praticus

psicodélicas são as psicólogas da minha madrugada,da minha aurora
violentas são as indecências de minhas discórdias
infinitas são as brisas do vento que leva daqui pra lá
loucos são os sonhos que eu proponho pra mim mesmo
frio  é qualquer rio que eu me afogue sozinho
lentas são as lendas dos meus amores
entre taças e tragos,entre vontades desesperos eu lhe desejo
entre azulejos e estrelas,entre as ruas e a lua minha loucura
estranhas são as entranhas do desconhecido
loucos são os fogos de uma paixão
solitarios são os quartos dos  embriagados
falso é o salto da burguesia
a burguesia fede
a burguesia fede
enquanto houver burguesia...não vai haver poesia

sexta-feira, 24 de junho de 2011

noite fumaceada

E que uma noite nebulosa,estranha
me agarre,...me abrace
no fluxo dos passeios dos meus pensamentos
na demanda exagerada de minhas percepções
na sombra de uma árvore grande
nos livros encostados um no outro na estante
entender como num instante fica tão distante
e que a roda-gigante é tão gigante.
...
o grito desesperado de uma canção chorada e arrastada
num piano
um coração molhado
um vinho
um cigarro.
os poetas não rejeitam o frio
os poetas se agalham no verão
os poetas vomitam solidão
devido aos porres de ilusão
agasalhados e embriagados
sem lareiras,sem fogueiras
os poetas se alegram em tristezas
DOR NÃO É MODA
AMOR NÃO SE VESTE(...)
SE SENTE.
                                                        JUST SLEEP
                                       DREANS AND DREANS

domingo, 15 de maio de 2011

A M O R . . .

ahhh,o amor...
é fogo na água
é ãncia de nada
é silêncio gritante
é olhar constante
é ponte sem fim
é não,é sim
é suar no frio
é janela que não se abriu
é raso
é largo
é profundo
é estranho
é mudo
é nada
é tudo
é desejo
é desespero
é sóbrio
é ébrio
é normal
é estranho
no entanto,...
o amor
é uma rosa delirante e delirada pelos ventos noturnos
que delira a aurora dos corações enfeitiçados
que se encontra no frio do quarto.